Renunciar o “Fazer” e Abraçar o “Ser”

A vida e o estilo de vida de discípulo não se completa na vida de muitos crentes, exatamente porque estas pessoas valorizam mais o fazer do que o ser.
Existem pessoas que querem fazer tudo ao mesmo tempo, se estiverem desocupadas, logo procuram algo para fazer e se ocupar, independente se aquilo será produtível ou não. São pessoas que se apegam ao fazer, e não prestam a atenção que o seu “ser” está doente e que precisam de remédio espiritual (Jeremias 8,22).
E quando falo isso, não desvalorizo a necessidade de se fazer algo para Deus e para Sua obra, apenas afirmo que o dom não pode estar debaixo da vida, mas sim, a vida deve estar acima do dom. Entenda: “A vida é o ser, o dom é o fazer.”
Lembro de uma história de um pai que ia visitar a filha todo dia, e passava todo o fim de tarde com sua filha querida. Mas houve um dia que sua filha não no ligar que eles sempre brincaram, então o pai foi embora. Ao voltar no dia seguinte, o mesmo fato ocorreu, então o pai foi embora novamente. E isto ocorreu durante 30 dias. Até que no 31º dia lá estava aquela filha com uma caixinha de presente para o Pai.
Então o Pai lhe perguntou: “Filha onde estavas nestes 30 dias?” A menina respondeu: “Pai, estava em casa preparando este presente para o senhor. Está aqui papai é teu. O pai recebeu o presente, abraçou a filha e disse: “Meu amor você ficou 30 dias fazendo um presente para mim, mas o que eu mais quero e o que você mais precisa, é apenas estarmos juntos.”
Muitas vezes queremos fazer presentes para Deus e não ficamos com Ele.
O obreiro nem sempre é discípulo, mas o discípulo é sempre um obreiro.

Com Clamor e Fé. Seu Pastor Paulo Rangel

(Trecho do Livro "Na Força do Discipulado")

Eu não posso vacilar

Este é um tempo em que a teoria uma vez aliada a prática vai trazer um mover de transformações poderosas em nossa nação. Tudo que fazemos aqui na Central de Friburgo está focalizando a santidade da nação, desta forma temos nos cobrado para que este evangelho tão bem difundido nos livros de auto-ajuda e de teologia seja uma verdade em todas as igrejas em que o nome do Senhor Jesus é invocado acima de todos os nomes.

Não é novidade nenhuma que a nossa ortodoxia (Teoria correta) está longe de nossa ortopraxis (Pratica correta), da mesma forma não é novidade nenhuma de que nossa forma de cultuar a Deus em nossas denominações está aquém daquilo que é propósito do Senhor para o povo que Ele escolheu para sua herança.

Confesso que eu sou um apaixonado pela igreja, e se ela não é santa ainda, pelo menos já é igreja, embora o nome igreja, quer dizer: assembléia dos santos. Sabemos perfeitamente, que a santificação não brota de um dia para o outro, ela deve ser seguida (Hb12,10), melhor ainda perseguida, por isso apesar de muitas vezes nos acharmos melhores do a própria igreja, devemos lembrar que foi Jesus quem a estabeleceu, como agência ou seja deposito das verdades do Reino.

Pois bem, cansado de ouvir pessoas vivendo de “cajadar a igreja” e de tratá-la como objeto de suas ambições, que não fazem questão para o que Deus veio implantar através do Seu Reino, estou escrevendo este artigo, ciente de que não resolvo todos os problemas, mas alerto quanto a necessidade de enxergarmos a igreja como um espaço de comunhão e adoração a Deus, extensão da nossa própria vida, pois na verdade, comunhão e adoração a Deus ultrapassa os limites do templo e das organizações religiosas. É gerado em nós, por este amor que nos constrange.

O grande desafio hoje do povo de Deus é permanecer, permanecer numa verdade que liberta (João 8,31-32). Poucos estão dispostos a permanecer na terra da promessa e não se desviar. Caminhar no deserto é para poucos, permanecer no deserto e prevalecer nele é para pouquíssimos.

Por isso não podemos vacilar porque o tempo das profecias estão se cumprindo. Há sempre um escape para aqueles que caminham no sol do deserto, há sempre um curativo para aqueles que se ferem numa batalha.

“ O sofrimento dos perdidos me incomoda, da pra sentir o imenso choro da dor,
Por isso não posso ficar parado pensando nas minhas dores
Pois cada perdido pode ser encontrado
Pela mesma gota do sangue que foi derramado
Para me salvar.
E eu vivo para isto: Por este sangue, eu vou até o fim. Pois eu sei que Ele vive,
E se manifestará em meu favor, até que muitos não entendam
As vezes nem eu, mas Ele vai se levantar
Daí eu falarei: Eu sabia que Ele iria... ser fiel outra vez.


Por causa do sangue que foi derramado por mim: Eu não posso vacilar... O meu final depende do meu agora.

Graça e Paz. Do Seu Pastor Paulo Rangel.

Na Força do Discipulado

O que me inspira a tratar sobre este assunto, sem duvida nenhuma é o momento pelo qual estamos passando de transição, saindo de um modelo de igreja aonde a ênfase estava nos cargos e funções e partindo para uma dinâmica de igreja aonde a força está no caminhar dia-dia na visão de discipulado, onde as pessoas são desafiadas a cuidarem uma das outras no amor do Senhor.
Aliás, não estamos tratando de nada novo, pois foi o próprio mestre Jesus que nos enviou esta proposta de vida quando naquela praia na Palestina, escolheu alguns pescadores, quando foi no meio dos cobradores de impostos e chamou outro discípulo, quando se inseriu no meio das mulheres através do seu ensino, e valorizou a figura feminina, antes tão desvalorizada e deturpada dentro da cultura judaica e chamando-as também para um modelo de vida baseada nos ensinamentos do Reino de Deus e não na posição social.
Fazer uma igreja caminhar na força do discipulado não é fácil, porque fazer alguém se tornar discípulo de Jesus requer envolvimento, entrega, renuncia e principalmente amor. Mas a maneira mais duradoura de perpetuar uma visão e um propósito está em inserir na vida de alguém algo que vai mudar a vida dela para sempre.
A nossa aposta no modelo de igreja de discípulos está na certeza de que não queremos montar um shopping center da fé, aonde alguns conseguem algumas bênçãos e são tido como os melhores e outros não conseguem algumas bênçãos e são tratados como fracassados, muito embora todos saibamos que tudo que vem da misericórdia de Deus, não é mérito nosso.
Desta forma, vemos que a humildade, a comunhão e o compromisso um com o outro deve permear nossa vida como cristãos, senão não faz sentido levarmos este nome.
Por isto quero tratar alguns caminhos que passa o modelo de discipulado em nossa vida:

1- O Caminho da preocupação: O que acontece n mundo de hoje é que as pessoas estão supervalorizando suas preocupações e esquecendo do próximo. As pessoas não estão mais preocupadas com o amanhã do outro. Em alguns casos, as pessoas acham que fazendo uma oração basta para ajudar o irmão, se fosse assim Jesus pisaria nesta terra e ficaria somente orando. Não foi assim, ele se envolveu com as pessoas e principalmente com as suas preocupações.

2- O Caminho da motivação: Constantemente tenho pregado em nossa igreja sobre usarmos nossa boca para abençoarmos. Isto é motivação para viver, para sonhar. Temos que procurar sonhar os sonhos uns dos outros, guerrearmos uns pelos outros, e desta forma motivar o nosso irmão a viver em comunhão e estar nos cultos, estudos bíblicos(células) e nas demais programações da igreja.


3- O Caminho da Humildade: Diante de Deus somos todos iguais, lamento tenha pessoas que se acham superiores as outras. Os discípulos do Senhor Jesus, têm sempre a visão de servir aos outros, isto passa pela humildade, procurando diminuir para o Senhor Jesus crescer.

4- Caminho da Entrega: É necessário que venhamos a aprender a entregar algo que valorizamos, por outra coisa que valorizamos mais ainda. Se entendermos que o nosso irmão é família conosco, vamos aprender a valorizá-lo não por aquilo que ele tem para nos dar, mas pelo simples prazer de ceder para o bem de alguém. Não adianta termos boa teologia, se a nossa vida não estiver disposta a ser gravetos queimados pelo fogo do Espírito Santo, que espalha e santifica a cidade.

5- Caminho da Integridade: A teoria precisa estar de acordo com a pratica, desta forma a mensagem é reconhecida, se não houver integridade não vai existir durabilidade. Precisamos ser sinceros uns com os outros, reconhecer nossos erros e restaurarmos relacionamentos que estão distantes, para que o discipulado não morra.

6- Caminho da Unção do Espírito Santo: Todos nós somos ungidos do Senhor, cada qual para um propósito, e somos uma maquina aonde todas peças precisam estar encaixadas, e o Espírito Santo é o óleo que lubrifica esta maquina que é a igreja de discípulos.

7- Caminho das Missões: A igreja precisa estar voltada para fora, aonde estão os perdidos na vida espiritual, trabalhos sociais, visando o bem-estar comum, pode ser feito por qualquer organização, seja religiosa ou não. No entanto o caminho da evangelização através do envio de missionários para os bairros, cidades e nações depende de pessoas apaixonadas por aqueles que estão cansadas e sobrecarregadas em seu espírito e emoções.

Concluo este artigo afirmando uma verdade da Palavra de Deus, que está em Gálatas 2,20: “Não vivo eu mais Cristo vive em mim”. Ao aprendemos a caminhar como cristãos, na força do discipulado, paramos de pensar com nossas mentes, passamos a pensar com a mente, a motivação e principalmente com o caráter de Cristo.

E é isto que faz a diferença.
Graça e Paz. Do Seu Pastor Paulo Rangel.

Discípulos com Coração de Servo

Começo este ARTIGO trazendo para meus amados uma palavra revelada da parte de Deus na qual eu e você estamos vinculados, a palavra é COMUNHÂO.
A palavra comunhão, traduzida do grego bíblico, significa, KOINONIA, lugar em que todos vivem em comum, e a felicidade de um é a alegria do outro.
Pense comigo: Que sentido teria a vida da igreja, se não vivêssemos em comunhão, buscando cada vez mais unir nossas diferenças em prol do Reino de Deus?
Sem duvida nenhuma, eu entendo que um dos momentos mais marcantes na vida de uma pessoa são as expressões de amor e de companheirismo que eu sinceramente espero que seja uma tônica em nossa comunidade de fé.
Exatamente porque no dia 24 de maio de 1738, John Wesley, um pastor da Igreja Nacional da Inglaterra, cansado de servir a uma igreja, que não expressava amor ao próximo da maneira como a Bíblia ensina, iniciou um movimento de renovação espiritual, que determinou um novo estilo de vida no povo inglês do século XVIII, além de ter levado a sua igreja a abrir os olhos para a nossa missão aqui neste mundo.
A história diz que por volta das 20h e 45m da noite de 24 de maio de 1738, na Rua Aldersgate, na Inglaterra, numa pequena reunião de oração, Wesley sentiu o seu coração aquecido pelo Espírito Santo e teve uma nova experiência com Deus, que o renovou espiritualmente e a consequência disto, foi um dos maiores movimentos de avivamento espiritual e social que o mundo já presenciou.
O seu país que estava tomado por escravidão, alcoolismo, pobreza, miséria e desigualdades sociais, ficou livre de uma período de densas trevas, quando o movimento metodista iniciou, através de John Wesley, do seu irmão Carlos Wesley, e de outros homens de oração que deram a sua vida pelo resgate de muitos.
O movimento chamado metodista, alcançou em poucos anos 70.000 convertidos na Inglaterra e mais 70.000 na Nova Inglaterra (Estados Unidos). Anos depois se tornou em uma igreja organizada, como conhecemos hoje, Igreja Metodista. Em mais de 70 paises do mundo se prega o evangelho do Reino de Deus, através da Igreja Metodista, do Brasil, passando pela América, Europa, África, Asia e Oceania.
Somos um movimento em constante aliança, com corações de servos, conscientes de que a nossa comunhão começa na nossa organização, somos igrejas entrelaçadas, pastores entrelaçados, líderes aliançados, o metodista aqui em Nova Friburgo, é metodista em São Paulo, no Japão, em Angola, na França, em Portugal.
Mas o maior propósito desta meditação é te alertar para o fato de que não basta termos uma bela história se não formos discípulos de Jesus, que serve a Deus nesta igreja maravilhosa, como tantas outras que pregam esta fé incomparável, mas que querem ver suas vidas queimadas pelo fogo do Espírito Santo, como gravetos que juntos quando incendiados colocam fogo em qualquer lugar.
Estamos avançando na visão de discipulado seguindo nossa tradição biblica e histórica, debaixo da revelação dada ao nosso líder, Bispo Paulo Lockmann de sermos uma igreja de discipulos e discipulas. E com temor e tremor, vamos superar o ativismo reinante no meio evangélico, onde se faz muito e se produz pouco.
Que o Senhor nos faça discípulos com corações de servos, dispostos a dar a vida em favor de uma causa, a obra da fé, restaurando vidas e curando os corações.

Por Uma Igreja Santa. Graça e Paz. Do Seu Pastor Paulo Rangel.