sábado, 21 de março de 2009

Na Força do Discipulado




O que me inspira a tratar sobre este assunto, sem duvida nenhuma é o momento pelo qual estamos passando de transição, saindo de um modelo de igreja aonde a ênfase estava nos cargos e funções e partindo para uma dinâmica de igreja aonde a força está no caminhar dia-dia na visão de discipulado, onde as pessoas são desafiadas a cuidarem uma das outras no amor do Senhor.
Aliás, não estamos tratando de nada novo, pois foi o próprio mestre Jesus que nos enviou esta proposta de vida quando naquela praia na Palestina, escolheu alguns pescadores, quando foi no meio dos cobradores de impostos e chamou outro discípulo, quando se inseriu no meio das mulheres através do seu ensino, e valorizou a figura feminina, antes tão desvalorizada e deturpada dentro da cultura judaica e chamando-as também para um modelo de vida baseada nos ensinamentos do Reino de Deus e não na posição social.
Fazer uma igreja caminhar na força do discipulado não é fácil, porque fazer alguém se tornar discípulo de Jesus requer envolvimento, entrega, renuncia e principalmente amor. Mas a maneira mais duradoura de perpetuar uma visão e um propósito está em inserir na vida de alguém algo que vai mudar a vida dela para sempre.
A nossa aposta no modelo de igreja de discípulos está na certeza de que não queremos montar um shopping center da fé, aonde alguns conseguem algumas bênçãos e são tido como os melhores e outros não conseguem algumas bênçãos e são tratados como fracassados, muito embora todos saibamos que tudo que vem da misericórdia de Deus, não é mérito nosso.
Desta forma, vemos que a humildade, a comunhão e o compromisso um com o outro deve permear nossa vida como cristãos, senão não faz sentido levarmos este nome.
Por isto quero tratar alguns caminhos que passa o modelo de discipulado em nossa vida:

1- O Caminho da preocupação: O que acontece n mundo de hoje é que as pessoas estão supervalorizando suas preocupações e esquecendo do próximo. As pessoas não estão mais preocupadas com o amanhã do outro. Em alguns casos, as pessoas acham que fazendo uma oração basta para ajudar o irmão, se fosse assim Jesus pisaria nesta terra e ficaria somente orando. Não foi assim, ele se envolveu com as pessoas e principalmente com as suas preocupações.

2- O Caminho da motivação: Constantemente tenho pregado em nossa igreja sobre usarmos nossa boca para abençoarmos. Isto é motivação para viver, para sonhar. Temos que procurar sonhar os sonhos uns dos outros, guerrearmos uns pelos outros, e desta forma motivar o nosso irmão a viver em comunhão e estar nos cultos, estudos bíblicos(células) e nas demais programações da igreja.


3- O Caminho da Humildade: Diante de Deus somos todos iguais, lamento tenha pessoas que se acham superiores as outras. Os discípulos do Senhor Jesus, têm sempre a visão de servir aos outros, isto passa pela humildade, procurando diminuir para o Senhor Jesus crescer.

4- Caminho da Entrega: É necessário que venhamos a aprender a entregar algo que valorizamos, por outra coisa que valorizamos mais ainda. Se entendermos que o nosso irmão é família conosco, vamos aprender a valorizá-lo não por aquilo que ele tem para nos dar, mas pelo simples prazer de ceder para o bem de alguém. Não adianta termos boa teologia, se a nossa vida não estiver disposta a ser gravetos queimados pelo fogo do Espírito Santo, que espalha e santifica a cidade.

5- Caminho da Integridade: A teoria precisa estar de acordo com a pratica, desta forma a mensagem é reconhecida, se não houver integridade não vai existir durabilidade. Precisamos ser sinceros uns com os outros, reconhecer nossos erros e restaurarmos relacionamentos que estão distantes, para que o discipulado não morra.

6- Caminho da Unção do Espírito Santo: Todos nós somos ungidos do Senhor, cada qual para um propósito, e somos uma maquina aonde todas peças precisam estar encaixadas, e o Espírito Santo é o óleo que lubrifica esta maquina que é a igreja de discípulos.

7- Caminho das Missões: A igreja precisa estar voltada para fora, aonde estão os perdidos na vida espiritual, trabalhos sociais, visando o bem-estar comum, pode ser feito por qualquer organização, seja religiosa ou não. No entanto o caminho da evangelização através do envio de missionários para os bairros, cidades e nações depende de pessoas apaixonadas por aqueles que estão cansadas e sobrecarregadas em seu espírito e emoções.

Concluo este artigo afirmando uma verdade da Palavra de Deus, que está em Gálatas 2,20: “Não vivo eu mais Cristo vive em mim”. Ao aprendemos a caminhar como cristãos, na força do discipulado, paramos de pensar com nossas mentes, passamos a pensar com a mente, a motivação e principalmente com o caráter de Cristo.

E é isto que faz a diferença.
Graça e Paz. Do Seu Pastor Paulo Rangel.